Por Erika Morel
A alteração de humor como sentir-se “pra baixo” é algo comum a todas as pessoas. Porém, é importante perceber quando esse “baixo astral” torna-se algo inerente ao dia-a-dia do indivíduo e reconhecer quando isso pode ser o início de um caso clínico de depressão.
CAUSA DA DEPRESSÃO
A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor associados a eventos estressantes como: perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, entre outros.
TIPOS DE DEPRESSÃO
São basicamente dois tipos. O transtorno afetivo bipolar (termo oficial) que se caracteriza pela alternância de fases deprimidas como maníacas, de exaltação, alegria ou irritação do humor, e a depressão que só tem fases depressivas.
Um paciente de depressão pode ter dias piores ou melhores assim como qualquer outra pessoa, entretanto as tormentas de um não-deprimido não se comparam as tormentas de um deprimido.
Para o deprimido os sintomas que vão desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos, deixam de ser um estado para ser algo constante.
SINTOMAS
Os sintomas da depressão são muito variados e geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, portanto para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais que são: perda de energia ou interesse, humor deprimido, alterações do apetite e do sono e lentificação das atividades físicas e mentais.
Os sintomas corporais mais comuns são: sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça e dificuldades digestivas.
A ATIVIDADE FÍSICA NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO
Levantamentos realizados nos EUA e na Inglaterra demonstram que a prática de exercício físico regular apresenta valor terapêutico na redução de sentimentos de ansiedade e depressão (WEINBERG, 2001). Para Katz (2003) e Oliveira (2004) a atividade física proporciona benefícios físicos e psicológicos como a diminuição da insônia e da tensão, e o bem-estar emocional, além de promover benefícios cognitivos e sociais a qualquer indivíduo.
Em um estudo realizado com psiquiatras para identificar a percepção destes quanto à contribuição da atividade física no tratamento da depressão foi constatado que a maioria dos psiquiatras percebe que a atividade física auxilia “de moderadamente a totalmente” no tratamento da depressão. Este mesmo grupo relata que as variáveis que são moderadamente ou muito melhoradas com a prática da atividade física regular são: a melhoria da estabilidade emocional, a imagem corporal positiva, o aumento da positividade, o autocontrole psicológico, a melhora do humor, a interação social positiva, a diminuição da insônia e da tensão.
De maneira geral a atividade física contribui positivamente para a melhora da depressão, porém é importante realçar que a prática de atividade física é utilizada como tratamento auxiliar ao tratamento medicamentoso e sempre com o acompanhamento do médico e de um profissional de Educação Física.
Fontes:
Atividades físicas no combate a depressão. The archives of internal medicine.
A contribuição da atividade física no tratamento da depressão. Mattos, Andrade e Luft, EF Deportes.